quinta-feira, 30 de janeiro de 2020

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Maze Machina

Ao jogar o belíssimo Card Crawl fiquei fascinado com o seu criador, Arnold Rauers, e não é de admirar que os seus jogos tenham todos grande qualidade, incluíndo o mais recente Maze Machina, um jogo de estratégia por turnos onde temos de sobreviver com um ratinho num labirinto mortífero.


Neste jogo vestimos a pele de um pequeno ratinho que é enfiado numa máquina, uma espécie de labirinto, que vem carregado de robôs programados para nos destruir, criados por Automatron, um robô altamente inteligente. Cabe-nos a nós encontrar a chave e chegar com ela à saída, abrindo a porta que nos leva para a próxima sala do labirinto.

A ideia é conseguir ultrapassar as 15 salas do labirinto com vida, o que não é tarefa fácil, primeiro porque os robôs estão a tentar destruir-nos, e porque a energia do ratinho vai-se esgotando com cada movimento que fazemos. Para ajudar com isto temos um pequeno queijinho que aparece de 3 em 3 salas, que devemos apanhar a todo o custo para recuperar as forças do ratinho.

A mecânica do jogo é bem interessante, e é inspirada no fantástico Threes! e nos jogos que se lhe seguiram estilo 2048, onde ao deslizar com o dedo no ecrã numa das 4 direcções dos pontos cardeais, tudo se move nessa mesma direcção uma casa (o ratinho, os robôs, a chave, as bombas, etc).


Com 4 ou 5 robôs presentes no pequeno tabuleiro com 4x4 casas, é fácil perceber que seria muito difícil chegar à chave e à saída sem ter um encontro mortífero com uma destas máquinas. E é aqui que entra a estratégia no jogo, pois cada casa tem uma habilidade que podemos usar, como por exemplo se estivermos numa casa com uma espada, e nos movermos na direcção de um robô que se encontre ao nosso lado, o ratinho destrói o robô com essa espada.

O problema é que os robôs também usam essas habilidades a seu favor e contra nós. Mas o jogo arranca em modo de tutorial, e ao longo de 20 níveis vai-nos apresentando uma nova habilidade, permitindo-nos experimentá-la, para perceber como funciona cada uma delas (a qualquer momento podemos tocar numa casa durante 1 segundo para visualizar qual a habilidade e qual a sua função).


São muitas as habilidades, e passam por coisas como lanças, que atacam 2 robôs em simultâneo que estejam à nossa frente, ou uma luva que atira um robô para uma casa bem longe de nós, um raio eléctrico que destrói aleatóriamente aquilo que esteja numa qualquer casa, e por aí fora.

Temos também vários modos de jogo, o que é muito bem vindo, apesar de que se tivesse apenas o modo principal do jogo já estaríamos muito bem servidos, tendo em conta o carácter aleatório dos níveis presentes no jogo. Este modo principal leva-nos a atravessar 15 salas, com o queijinho a aparecer de 3 em 3 salas, e onde morremos se acabar a energia do ratinho, ou se formos destruídos por algum robô ou armadilha.


Mas depois temos um modo onde a energia não faz qualquer diferença, estando apenas limitados a 250 jogadas, ideal para experimentar estratégias e habilidades. Há também um modo Draft onde as regras são mudadas de x em x salas, e há até um desafio diário, que podemos apenas fazer uma única vez, e no qual tentaremos conseguir uma melhor pontuação que outros jogadores espalhados por esse mundo fora.

Com um ambiente misterioso e uma banda sonora a condizer, os sons mecânicos estão impecáveis, e os próprios gráficos têm grande detalhe, sendo possível ver o reflexo do ratinho e robôs no vidro desta máquina infernal. Para quem quiser poupar bateria, é só dar um salto às definições que existe um modo gráfico menos intensivo. Este é um jogo difícil de pousar, e no qual podemos fazer jogos rápidos de 5 a 10 minutos se assim o quisermos. Um dos melhores jogos de estratégia de 2020 com toda a certeza.



Maze Machina na App store

Tamanho: 157.5 MB

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